quinta-feira, 5 de maio de 2011

Experiência


O secretário nas suas poucas palavras de uma rápida ligação diz, na manhã do fatídico dia, que a suplente marcou com o conselheiro uma reunião as 15. São 10, 11, 12, 13, almoço, 14, banho, 15 “boa tarde”. Ela está. Ele não. Ele chega. Ela fala. Um diálogo sem palavras de um mal-estar incomodo. Não havia reunião. Era coisa de relance, um pulo do gato da cabeça da doida. Seria informações sobre como fora a eleição, a posse, os apoios, mas não. A velocidade impossibilita assimilar. Olhos arregalados, palavras, palavras, partidos destros e canhotos rivais até que ANULAÇÃO! Com a pausa se branda, consultaremos. Mas o que você vai fazer? E o emprego? Contrato? xii!!! Não há tempo de conversar não! Há os processos, prestação de contas, conivência!!! Mas vai dar certo, e se não der ... e o apoio mesmo? Entendeu? Como é seu nome mesmo? Rafael de .... ?? Sou eu quando já estou na calçada. Povo doido!

O saber de experiência vira informação? Meus dedos não escrevem, e sabe o que me falta? O que não vem é aquela iluminada primeira palavra, ‘experencio’ a sensação de não conseguir passar o específico momento de estranheza agito-estático vivenciado no instante da crise de um que chega no plantão, na supervisão em que me percebo como Estado e no dever de suas obrigações, ou ainda, nas transmutações do inconsciente freudianos em uma aula de Psicanálise. Mas se for preciso ter pódio que a medalha de ouro vá para “ser um estranho na sua própria morada” e tudo que esse ‘experenciar’ me causa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário