terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Partida


“A Partida” (Okuribito, drama/ 131 min). Dirigido por Yojiro Takita, a história foi escrita por Kundo Koyama com música de Joe Hisaishi. Rodado em 2008, no Japão, o elenco é formado por Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki, Ryoko Hirosue, Kimiko Yo e Takashi Sasano.
Filme que coleciona prêmios por onde passa, arrebatando 10 prêmios no 32º Japan Academy Prize Awards, Grand Prix de Amerique no 32º Festival Internacional de Montreal, Golden Rooster Award pela Academia Chinesa de Cinema, 28º Hawaii Film Festival, Nikkan Sports Film Award, Kinema Jumpo, 51º Blue Ribbon Awards, Elan d’or Award, Mainichi Film Awards, Hochi Film Award, entre outros.
No filme, o violoncelista Daigo Kobayashi é despedido quando a orquestra em que tocava é desfeita. Ele parte em busca de um novo emprego e responde a um anúncio que dizia que o interessado seria responsável por cuidar de partidas. O que ele descobre é que a partida se trata de funerais. O trabalho como “Nokanshi”, uma espécie de agente funerário, sua função é de lavar o corpo, colocá-lo no caixão e enviar a pessoa que morreu para o outro mundo, agindo como um porteiro entre a vida e a morte.
Daigo  pensa logo em desistir, mas com o tempo ele aprenderá a lidar com a situação, aprenderá os costumes e rituais e, principalmente, o valor da vida.

> Assisti este filme no SUPRA do dia 23/09/2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Amigo Americano (Der Amerikanische Freund)


"O Amigo Americano", Alemanha/EUA, 1977, escrito e dirigido por Wim Wenders, que, de forma brilhante, inspira-se em "O Talentoso Ripley", romance da escritora Patricia Highsmith e adapta-o de forma livre criando uma nova história, mas com a mesma personagem: o inteligente, astuto, mas mau-caráter Tom Ripley; este vende pinturas/quadros falsos de artistas consagrados, que são falsificados nos EUA, por um perito em falsificação, vivido de forma especial pelo cineasta Nicholas Ray ("Juventude Transviada"); Ripley leva essas falsificações para a Alemanha e vende-as em leilões como se fossem obras originais, até que Ripley conhece o alemão Jonathan Zimmermann (Bruno Ganz), o qual desconfia da autenticidade de uma das obras, pois trabalhava em restauração de obras clássicas, mas, agora, apenas trabalha com a fabricação de molduras; é, então, que Ripley e seu comparsa envolvem Jonathan em uma trama bem elaborada e intricada, em que este ganharia muito dinheiro, pois Ripley (um excelente Dennis Hopper!) chantageia Jonathan, já que este tem uma doença grave e está com medo de deixar a esposa e o filho sem meios de sustentarem-se, após sua morte; assim, Jonathan vai caindo na lábia  de Ripley e topa matar dois mafiosos, em troca de dinheiro, contudo Ripley começa a ficar amigo de Jonathan e arrepende-se de tê-lo metido nisso. Este é o aspecto mais interessante da obra, já que temos no início um Ripley frio e calculista, mas, que aos poucos vai mostrando sentimentos bons de amizade, compreensão e compaixão, evidenciando que todas as pessoas têm tanto sentimentos bons, como ruins, daí a complexidade do ser humano, e isso o filme retrata bem, na figura do Ripley de Dennis Hopper. Ótimo filme! Wenders em plena forma!